Os Sumérios foram pioneiros na criação das cidades-estado (cidades independentes, com governo próprio e autónomo).
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▶A mais conhecida delas sendo, provavelmente, a cidade de Ur, construída por Ur-Nammu, o fundador da terceira dinastia Ur, por volta de 2000 a.C. No terceiro milénio, os Sumérios já tinham criado pelo menos doze cidades-estado autónomas: Ur, Eridu, Lagash, Uma, Adab, Kish, Sipar, Larak, Akshak, Nipur, Larsa e Bad-tibira. Cada uma compreendia uma cidade murada, além das terras e povoados que a circundavam, e tinha divindade própria, cujo templo era a estrutura central da urbe. Com a crescente rivalidade entre as cidades, cada uma instituiu também um rei.
As edificações sumérias compreendiam estruturas planoconvexas feitas de tijolos de barro▶ desprovidas de argamassa ou cimento. Uma vez que tijolos planoconvexos são de composição relativamente instável, os pedreiros sumerianos adicionavam uma mão extra de tijolos, postos perpendicularmente a cada poucas fileiras. Aí então preenchiam as lacunas com betume, engaço, cana e cizânias. Construções feitas com tijolos de barro, entretanto, acabam se deteriorando, de forma que eram periodicamente destruídas, niveladas e reconstruídas no mesmo lugar. Essa constante reconstrução gradualmente elevou o nível das cidades, de modo que se ergueram acima da planície à sua volta. O tipo mais famoso e impressionante dentre as edificações sumérias chama-se zigurate, uma construção de largas, amplas plataformas sobrepostas em cujo topo se encontravam templos. Esse maciço edifício de celsa estatura pode ter sido a inspiração para a Torre de Babel bíblica. Selos cilíndricos sumerianos também descrevem casas construídas com cana, semelhantes àquelas construídas pelos árabes das terras baixas da parte sul do Iraque até há poucos anos.
Antes do arado ter sido inventado, os agricultores usavam cornos de animais ou paus para fazer buracos na terra para as plantações.
Este método era extremamente lento e sentiram necessidade de criar algo para acelerar o processo e o arado veio dar resposta a essa necessidade.
Com esta invenção poderiam fornecer uma quantidade estável de alimentos às cidades-estado.
NOTA:A informação exposta neste artigo foi seleccionada através de uma compilação de dados obtidos no correspondente artigo na wikipedia. IMAGENS:Retrato de •
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VIDEO: Biografia de .
Os estudos indicam datas diferenciadas mas as teorias mais aceites apontam para este período da história como o início da domesticação dos animais. Domesticação essa que veio permitir ao homem a adquisição de alimentos com maior facilidade, tal como obtenção de lã, proteção e melhoria nos meios de transporte.
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O primeiro animal domesticado foi o lobo que, com o passar do tempo se foi transformando em cão. As origens do cão doméstico baseiam-se em suposições, por se tratar de ocorrências de milhares de anos, cujos crescentes estudos mudam em ambiente e datação dos fósseis. Uma das teorias aponta para um início anterior ao processo de domesticação, apresentando a separação entre o lobo e o cão há cerca de 135 000 anos. Outras teorias, cujas cronologias são mais recentes, sugerem que a domesticação propriamente dita começou há cerca de 30 000 anos, os primeiros trabalhos caninos e o início de uma acentuada evolução entre 15 000 e 12 000 anos, e por volta de 20% das raças encontradas atualmente, entre 10 000 e 8000 anos no Médio Oriente.
Além das imprecisões do período, há também discordâncias sobre a origem. Enquanto se especula que os cães sejam descendentes de uma outra variação canídea, as teorias mais aceites são a descendência direta do lobo cinzento ou dos cruzamentos entre lobos e chacais. Tal como o lobo, o cão está estruturado para viver em grupo, aceitando as regras necessárias à vida em comum. Assim, um desenvolvimento saudável do cão requer um contacto próximo com os seus “companheiros de matilha”, isto é, os seres humanos com quem vive.
Evidências arqueológicas sugerem que os suínos foram domesticados a partir de javalis num período anterior a 12,000 a.C no Médio Oriente, na Bacia do rio Tigre a ser criados na natureza de uma forma semelhante à maneira como são criados por alguns modernos na Nova Guiné. Restos de porcos foram datados de cerca de 11.400 a.C. no Chipre. Esses animais devem ter sido introduzidos a partir do continente, o que sugere a domesticação no continente adjacente até então. Houve também uma domesticação independente na China que teve lugar por volta de 6000 a.C.
A domesticação e o aparecimento dos primeiros rebanhos de ovinos e caprinos terão ocorrido por volta do ano 9000 a.C., no Médio Oriente, berço das primeiras civilizações, estendendo-se depois por toda a Europa e Ásia. Estes são animais de grande valor económico pois são fonte de carne, lã e lacticínios.
Os gatos domésticos atuais são uma adaptação evolutiva dos gatos selvagens. Cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos. Os gatos foram domesticados inicialmente no Médio Oriente nas primeiras vilas agriculturais do Crescente Fértil. Os sinais mais antigos de associação entre homens e gatos datam de 7500 anos a.C. e foram encontrados no Chipre. O início da produção e armazenamento de cereais acabou por atrair roedores. Foi nesse momento que os gatos vieram a fazer parte do quotidiano do ser humano. Por possuírem um forte instinto caçador, estes animais espontaneamente passaram a viver nas cidades e exerciam uma importante função na sociedade: eliminar os ratos, que invadiam os silos de cereais e outros lugares onde eram armazenados os alimentos.
Os cavalos foram domesticados a partir do Equus caballus que andava nas florestas e estepes da Europa há 5000 anos. Domesticação que terá permitindo o rápido desenvolvimento dos sistemas de transporte. Por volta dessa altura, na Líbia domesticou-se o burro do Equus asinus, que pelas suas qualidades de força e resistência física se tornou indespensável nas actividades humanas.
Os camelos foram domesticados há cerca de 4500 anos, na actual região do norte do Irão e do Sudoeste do Turquestão, de onde foram depois levados para o oriente (Índia e China) e, mais recentemente, para a Austrália. Têm sido, para as tribos nómadas da Ásia, importantes animais de carga e de transporte e fornecedores de carne, lã e leite muito rico em proteínas.
O gado doméstico descende do auroque na Europa e do gauro na Ásia. A sua domesticação teve início entre 4 000 e 3 000 anos a.C. Os bovinos domesticados tinham várias serventias para o ser humano: como animal de carga (assim como a cabra e os cavalos), a produção de leite em vida e carne/couro após a morte. Era incomum a criação de gado para alimentação, a carne do animal era consumida apenas se ele morresse ou não tivesse mais utilidades.
As galinhas são uma importante fonte de alimento há séculos. As primeiras referências a galinhas domesticadas surgem em cerâmicas coríntias datadas do século VII a.C. A introdução desta ave como animal doméstico surgiu provavelmente na Ásia, de onde é nativo o galo-banquiva (Gallus gallus).
Os humanos iniciaram a domesticação de galinhas de origem indiana com a finalidade utilizá-las em briga de galos na Ásia, África e Europa, sendo dada pouca atenção à produção de carne ou ovos. Recentes estudos genéticos apontam para múltiplas origens maternas no sudeste, leste e sul da Ásia, sendo com o clado encontrado nas Américas, Europa, Oriente Médio e África originário do subcontinente indiano. Apesar dos romanos terem desenvolvido a primeira raça diferenciada de galinhas, os registos antigos mostram a presença de aves selvagens asiáticas na China desde 1400 a.C.
Ao longo da história, os elefantes foram utilizados pelo Homem para várias funções, como transporte, entretenimento e guerra. Os elefantes de guerra foram uma peça táctica importante antes da generalização da artilharia, principalmente nos exércitos de Cartago e do Império Aquemênida. O general Aníbal considerava os animais excelentes para os combates militares, embora não apresentassem resistência ao frio. Foi através de Alexandre, o Grande que os elefantes de guerra chegaram ao Ocidente, em 325 a.C.
CRÉDITOS: A informação exposta neste artigo foi seleccionada através de uma compilação de dados obtidos no correspondente artigo na wikipedia.
Imagens: Imagem de topo: Carlos E. Solivérez fonte •
lobo •
porco •
ovelha •
gato •
cavalo •
camelo •
galinha •
elefante •
vaca •
Videos:And Man Created Dog • Domestication of Animals Documentary
Por volta deste período realizam-se as primeiras atividades agrícolas, acontecimentos que separa o período paleolítico (idade da pedra lascada) do período neolítico (idade da pedra polida).
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Uma vez iniciada a atividade, o homem foi aprendendo a selecionar as melhores plantas para a sementeira e a promover o enxerto de variedades, de modo a produzir alimentos mais nutritivos do que os selvagens. Essa prática permitiu o aumento da oferta de alimento dessas pessoas, as plantas começaram a ser cultivadas muito próximas umas das outras. Isso porque elas podiam produzir frutos, que eram facilmente colhidos quando amadurecessem, o que permitia uma maior productividade das plantas cultivadas em relação ao seu habitat natural.
Esta evolução levou a uma cada vez mais sedentarização humana, passando portanto a fixar a sua residência num determinado local.
As pesquisas têm revelado que as primeiras actividades agrícolas ocorreram na região de Jericó, num grande oásis junto ao mar Morto. Por meio de difusão ou movimentos independentes, o fenómeno desenvolveu-se posteriormente na Índia, China, Europa, África tropical e nas Américas. Os produtos cultivados variavam de região para região com a natural predominância de espécies nativas, como podemos ver a seguir.
O trigo foi uma das primeiras espécies de plantas a ser cultivada pelo Homem, de tal modo que os testemunhos arqueológicos permitem datar o início do seu cultivo por volta de 7500 antes de Cristo na área actualmente ocupada pelo norte da Síria, sudoeste da Turquia e parte do Irão.
O arroz foi cultivado inicialmente na região do vale do Rio Yangtzé na China. Estudos morfológicos de fitólitos de arroz no sítio arqueológico de Diaotonghuan mostram claramente a transição da colheita de arroz selvagem para o cultivo de arroz plantado. O grande número de fitólitos de arroz silvestre no nível de Diaotonghuan que data de 10000 a 9000 a.C. indica que a colheita de arroz selvagem fazia parte dos meios locais de subsistência. Mudanças na morfologia de fitólitos de Diaotonghuan datados de 8000 a 6000 a.C mostram que o arroz existente por este período já era cultivado. Logo depois, as duas principais variedades de arroz asiático e arroz japonês foram sendo cultivadas na China Central. No final do 3º milénio a.C., houve uma rápida expansão do cultivo de arroz no território continental do sudeste da Ásia e em direção oeste para a Índia e Nepal.
O cultivo da cevada teve início por volta de 7000 a 6000 a.C., na área
actualmente ocupada por Israel, Síria, Irão e Turquia. No Egipto e Mesoptânia era cultivada em regime de regadio. A primeira evidência arqueológica é do Epipaleolítico, em Ohalo, perto do Mar da Galileia. Os primeiros indícios de cevada domesticada ocorrem em sítios neolíticos Acerâmicos, como no Tell Abu Hureyra, na Síria. A cevada é cultivada na Coreia desde o período da Cerâmica Mumun (1500-850 a.C.)
A batata começou a ser cultivada por civilizações andinas cerca de 6000 anos a.C. e o cultivo foi aperfeiçoado pelos Incas, que utilizavam, inclusive, técnicas de irrigação. Os espanhóis introduziram, no século XVI, a espécie na Europa, e se tornou um alimento fundamental no continente. Atualmente, o tubérculo é o quarto alimento mais consumido do mundo, com milhares de variedades de diferentes cores, sabores e tamanhos que são utilizadas em receitas no mundo todo. O maior produtor mundial é a China, cuja produção em conjunto com a da Índia corresponde a mais de um terço da produção mundial.
Os primeiros registos do cultivo do milho datam de 5.300 anos a.C, tendo sido encontrados em pequenas ilhas próximas ao litoral do México, no Golfo do México. Vestígios arqueológicos de milho encontrados na caverna Guila Naquitz no Vale de Oaxaca datam cerca de 4.250 anos a.C., os mais antigos restos em cavernas de Tehuacan, Puebla, são de cerca de 3.450 anos a.C.
CRÉDITOS:A informação exposta neste artigo foi seleccionada através de uma compilação de dados obtidos no correspondente artigo na wikipedia.
Imagens: Imagem de topo: fonte •
Jerico •
Trigo •
Cevada •
Milho •
Arroz •
Batata •
Video: Agricultura - a origem.
Por volta deste periodo surgem as primeiras formas de arte. Representações artísticas realizadas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas e abrigos rochosos, ou mesmo sobre superfícies rochosas ao ar livre. A arte rupestre divide-se em dois tipos: a pintura rupestre, composições realizadas com pigmentos, e a gravura rupestre, imagens gravadas em incisões na própria rocha.
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Na arte rupestre é exibida uma iconografia variada, em vários "estilos", técnicas e materiais. Em geral, trazem representações de animais, plantas e pessoas, e sinais gráficos abstratos, às vezes usados em combinação.
Em geral as imagens são formadas por figuras de grandes animais selvagens, como bisontes, cavalos, veados, entre outros. A figura humana surge menos vezes, mas também é muito comum, sugerindo atividades como a dança, a luta e, principalmente, a caça, mas normalmente em desenhos esquemáticos e não de forma naturalista, como acontece com os dos animais. Paralelamente encontram-se também palmas de mãos humanas e motivos abstratos. Os pigmentos mais usados são o carvão, argilas de várias cores e minerais triturados. Os veículos para os pigmentos são de determinação mais difícil, mas presume-se que possam ter sido usados sangue, excrementos e gordura animal, ceras e resinas vegetais, clara ou gema de ovos e saliva humana.
Muitas composições são louvadas pela sua beleza e refinamento e pelo seu apelo visual. Por tudo isso, muitos estudiosos atribuem à arte pré-histórica funções e características comparáveis às da arte como hoje é largamente entendida, embora haja uma tendência recente de substituir a denominação "arte" rupestre por "registo" rupestre, considerando a incerteza que cerca o seu significado. Permanece, de todo modo, como testemunho precioso de culturas que exercem grande fascínio contemporaneamente mas são ainda pouco conhecidas.
Quando Marcelino Sanz de Sautuola encontrou pela primeira vez as pinturas da caverna de Altamira, na Espanha, em 1879, elas foram consideradas como fraude pelos académicos. Com base no novo pensamento darwiniano sobre a evolução das espécies, considerou-se que os primitivos humanos não poderiam ter sido suficientemente avançados para criar arte. Émile Cartailhac, um dos mais respeitados historiadores da Pré-História do final do século XIX, acreditava que as pinturas tinham sido forjadas pelos criacionistas (que sustentavam a criação do homem por Deus) para apoiar as suas ideias e ridicularizar Darwin, mas mais tarde ele veio a reconhecer a sua autenticidade.
Surge o Homem de Neanderthalo primeiro ser humano a enterrar os seus mortos de uma forma ritual, corpos deitados de lado e cercados de oferendas. Sabe-se também que este hominídio já tem conhecimento de plantas medicinais.
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O homem de Neandertal é uma espécie extinta, do género Homo que habitou a Europa e partes do oeste asiático, desde cerca de 350 000 anos atrás até aproximadamente 29 000 anos atrás, tendo coexistido com os Homo sapiens. Alguns autores, no entanto, consideram os homens-de-neandertal como humanos subespécies do Homo sapiens (nesse caso, Homo sapiens neanderthalensis e Homo sapiens sapiens, respectivamente). Os Neandertais partilham 99,7% de seu DNA com os humanos modernos, mas apresentam diferenças morfológicas muito específicas.
Partes de um esqueleto de Neandertal foram descobertas primeiramente na pedreira de Forbes, Gibraltar, em 1848, anterior, de facto, à descoberta dita "original" numa gruta chamada de Feldhofer Grotte, no flanco do vale do rio Düssel, afluente do rio Reno,
em Agosto de 1856, três anos antes da publicação de "A Origem das Espécies" de Charles Darwin.
Esta sub-espécie esteve na origem de uma rica cultura material designada como cultura musteriense, além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas das preocupações estéticas e espirituais do homem moderno, como se poderá entender a partir das características das suas sepulturas. Depois de um difícil reconhecimento por parte dos académicos, o homem de Neandertal tem sido descrito no imaginário popular de forma negativa em comparação com o Homo sapiens, sendo apresentado como um ser simiesco, grosseiro e pouco inteligente.
Era, de facto, de uma maior robustez física e o seu cérebro era, em média, ligeiramente mais volumoso. Progressos relativos à arqueologia pré-histórica e à paleoantropologia depois da década de 1960 têm revelado um ser de uma grande riqueza cultural, ainda que seja, provavelmente, sobrestimada por alguns autores. Muitas questões, contudo, permanecem sem resposta, principalmente as relacionadas com a sua extinção.
O Homo Erectusdescobre formas de dominar o fogo, esfregando dois paus juntos ou batendo com uma pedra noutra. Este uso controlado do fogo vem melhorar bastante o regime alimentar, a conservação dos alimentos e também a protecção contra o frio e os predadores.
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O fogo foi a maior conquista do ser humano na pré-história. A partir desta conquista o homem aprendeu a utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou moldando a natureza em seu benefício.
Depois de terem descoberto como controlá-lo, o fogo serviu como proteção ao Homo erectus e sucessores hominídeos, afastando os predadores. Depois, o fogo começou a ser empregue na caça, usando tochas rudimentares para assustar as presas, encurralando-as. Foram inventados vários tipos de tochas, utilizando diversas madeiras e vários óleos vegetais e animais. No inverno e em épocas gélidas, o fogo protegeu o ser humano do frio mortal. O ser humano pré-histórico aprendeu também a cozinhar os alimentos em fogueiras, tornando-os mais saborosos e saudáveis, pois o calor matava muitas bactérias existentes na carne.
O fogo também foi o maior responsável pela sobrevivência do ser humano e pelo grau de desenvolvimento da humanidade, apesar de que, durante muitos períodos da história, o fogo foi usado no desenvolvimento e criação de armas e como força destrutiva, como se poderá ver em artigos mais à frente na história humana.
Os Homo Erectustêm uma verticalidade mais acentuada do que as espécies precedentes. Constroi abrigos e cabanas mais complexas que o Homo habilis. Já revela cooperação social e pratica caça de maior porte.
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Os Homo Erectus mediam entre 1,30 e 1,70 m de altura, com 70 kg e o seu volume craniano era entre 750 e 1250 cm³, um aumento de cerca de 50% em relação ao seu ancestral Homo habilis. A sua característica mais evidente é a sua verticalidade, muito mais acentuada que a do Homo habilis.
O mais antigo registro do Homo erectus foi encontrado por Eugéne Dubois, numa margem do rio Bengawan Solo em Trinil, região central de Java. Foram encontrados restos fossilizados com entre 50 e 100 mil anos em África (Lago Turkana e Desfiladeiro Olduvai), na Europa (Geórgia), na Indonésia (Sangiran e Trinil) e na China (Shaanxi).
Desde o descobrimento do Homo erectus, os cientistas questionam se esta espécie é um antepassado direto do Homo sapiens, devido ao facto das investigações feitas não serem suficientes para se chegar a tal conclusão.
As últimas populações de Homo erectus - tais como as do rio Bengawan Solo, em Java - podem ter vivido há apenas 50 000 anos, simultaneamente com populações de Homo sapiens, e descarta-se que este tenha evoluído a partir destas últimas populações de Homo erectus. Ainda que populações anteriores de Homo erectus asiáticos poderiam ter dado lugar ao Homo sapiens, hoje considera-se mais provável que este evoluiu em África, provavelmente de populações africanas de Homo erectus. Portanto, os primeiros Homo sapiens teriam migrado desde o nordeste africano, há menos de 100 000 anos, até à Ásia, onde talvez tenha se encontrado com os últimos Homo erectus.