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Cai Lun

105 d.C.
Cai Lun inventa o papel, na forma como o conhecemos hoje. O processo usado por Cai Lun consistia num cozimento forte de fibras vegetais, sendo depois batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira feita de juncos delgados unidos entre si por seda ou crina, era fixada sobre uma armação de madeira. Depois de se formar a folha celulósica, procedia-se à secagem da mesma, comprimindo-a sobre a placa de material poroso ou deixando-a pendurada ao ar. Os espécimes que chegaram até os nossos dias provam que este papel era de alta qualidade, que permite, até mesmo, compará-lo ao papel feito actualmente.

Pānini

450 a.C.
Pānini elabora a primeira gramática conhecida, constituída por 8000 sutras ou aforismos, cuja consistência e encadeamento lógico apresentam notável rigor. A gramática de Panini é convencionalmente usada para marcar o fim do sânscrito védico, introduzindo o sânscrito clássico. Panini resume e sintetiza toda uma tradição, até então apenas oral, de gramáticos indianos anteriores: refere pelo nome a 68 predecessores, inclusive o imediatamente anterior.

Enheduanna

2250 a.C.
A poetisa acadiana Enheduanna terá vivido entre os anos 2285 e 2250 antes de Cristo. É tida como a primeira pessoa no mundo a ter deixado escritos com autoria identificada. Segundo a teoria mais aceite, Enheduanna era filha de Sargão, “o Grande”, o famoso imperador acádio, célebre pela sua conquista das cidades-Estado sumérias nos séculos XXIV e XXIII antes de Cristo, construindo o primeiro império de que há registos.

Independentemente da veracidade dos laços de consanguinidade, é clara a confiança que Sargão depositou em Enheduanna ao elevá-la à posição de alta sacerdotisa do templo mais importante da Suméria (na cidade de Ur) e deixando para ela a responsabilidade de fundir os deuses sumérios com os acadianos, para criar a estabilidade de que o seu império precisava para prosperar.

Além de tudo isso, Enheduanna é creditada com a criação dos paradigmas da poesia, salmos e orações usados ​​em todo o mundo antigo que levaram ao desenvolvimento dos géneros reconhecidos nos dias atuais. Enheduana compôs 42 hinos dirigidos aos templos por toda a Suméria e Acádia, incluindo Eridu, Sipar e Esnuna. Os textos foram reconstruídos com base em 37 placas de argila de Ur e Nippur, a maioria datando dos Antigos Períodos babilónicos e de Ur. A coleção, conhecida como "Os Hinos Sumérios do Templo" foram os primeiros deste tipo.

Em 1927, o arqueólogo britânico Leonard Woolley encontrou o agora famoso disco de calcita Enhuduanna nas suas escavações no sítio sumério de Ur. As três inscrições no disco identificam as quatro figuras representadas: Enheduanna, o seu gerente de propriedade Adda, o seu cabeleireiro Ilum Palilis e o seu escriba Sagadu.

A inscrição real no disco diz: "Enheduanna, zirru-sacerdotisa, esposa do deus Nanna, filha de Sargon, rei do mundo, no templo da deusa Innana." A figura de Enheduanna é colocada com destaque no disco, enfatizando a sua importância em relação às demais e, ainda, a sua posição de grande poder e influência na cultura do seu tempo.

O historiador britânico Paul Kriwaczek disse acerca de Enheduanna que “as suas composições, embora apenas redescobertas nos tempos modernos, permaneceram modelos de oração peticionária por séculos. Por meio dos babilónios, esses escritos influenciaram e inspiraram as orações e salmos da Bíblia Hebraica e os hinos homéricos da Grécia. Por meio deles, ecos ténues de Enheduanna, o primeiro autor literário citado na história, podem ser ouvidos até mesmo nos hinos da igreja cristã primitiva.”

A influência de Enheduanna durante a sua vida foi tão impressionante quanto o seu legado literário. A quem o seu (provável) pai confiou grande responsabilidade, Enheduanna não apenas superou essas expectativas, como mudou toda a cultura. Por meio das suas obras escritas, ela alterou a própria natureza dos deuses mesopotâmios e a percepção que as pessoas tinham do divino.

Papiro

2500 a.C.
Por volta desta altura os antigos Egípcios desenvolveram a técnica de fabricar folhas de papiro, considerado o precursor do papel. Depois de pronto, o papiro era enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.