Nascido em Gandhara por volta do ano 520 a.C., a ele se deve a composição da primeira gramática sânscrita, com o nome Ashtadhyayi, constituída por 8.000 sutras ou aforismos, cuja consistência e encadeamento lógico apresentam notável rigor. A gramática de Panini é convencionalmente usada para marcar o fim do sânscrito védico, introduzindo o sânscrito clássico. Panini resume e sintetiza toda uma tradição, até então apenas oral, de gramáticos indianos anteriores: refere pelo nome a 68 predecessores, inclusive o imediatamente anterior. A sua obsessão pelo estudo do sânscrito deve-se ao facto de ser considerada a "língua dos deuses", e os eruditos davam-se conta de que ela se estava a modificar ou "corromper". Com efeito, acreditava-se então que apenas uma ligeira diferença ou erro de pronúncia poderia invalidar uma vasta e complicada cerimónia religiosa da cultura local. Daí o rigoroso estudo fonético do sânscrito encontrado nesse texto: a análise da segunda articulação é tão profunda que se admira pela sua modernidade. Os registos de Panini são, portanto, um ponto de partida fundamental no avanço das gramáticas e da evolução da linguística.
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